Alguns estudos sobre a personalidade das pessoas e suas músicas foram realizados neste ano, porém, seus resultados são um tanto quanto contraditórios entre si. Em agosto deste ano, foi publicado um estudo sobre personalidade e música (ainda não encontrei quem o realizou, apenas encontrei sua divulgação) que dizia que fãs de heavy metal tem maiores tendências a cometer suicídio, roubos, sexo sem proteção, dirigir sob efeito de álcool, entre outras coisas não apropriadas. O estudo ainda diz que fãs de música pop tem maiores tendências a questionarem sua sexualidade e fãs de jazz a serem solitários.
Pois bem, um outro estudo foi publicado neste mês pela Universidade Heriot Watt (Edimburgo – Escócia), também sobre a relação da personalidade das pessoas com o estilo musical preferido delas, e pasmem, fãs de heavy metal e música clássica apresentaram semelhanças surpreendentes, tais como baixa auto-estima, criatividade; são pessoas introvertidas e de bem com a vida! A pesquisa vai além e diz que os headbangers também são gentis e pouco trabalhadores (ler post sobre ócio).
O antropólogo canadense Sam Dunn, diretor do documentário “Metal: A Headbanger’s Journey” aborda esta relação da música clássica com o metal, que sofreu grande influência desta, principalmente da música clássica mais “obscura”, como Wagner, que mudou completamente a estrutura das orquestras ao inserir tubas, baixos e octobaixos (que tinham 4 metros de altura), criando uma sonoridade muito mais pesada.
O programa Mythbusters uma vez realizou um teste e constatou que plantas crescem mais rápido quando expostas a um som mais “pesado”, como o metal. Confiram o vídeo aqui (falta um pedacinho do fim, infelizmente)!
A verdade é que não dá para generalizar e tentar enquadrar todos os fãs de metal numa categoria de personalidade. Acredito que eles possuem alguns traços de semelhança sim, mas há também suas divergências, que são maiores ainda. Este é um problema para quem está inserido na cena heavy metal, ainda há um forte estereótipo do estilo e muita gente acredita que seus fãs não passam de bêbados fanfarrões adoradores do capeta, por causa de uma série de fatores, que vão de roupas à interpretação das letras. Não que todos tenham um bom comportamento, mas é justamente esta a questão: não devemos analisar uma pessoa baseada nos seus gostos pessoais, como estilo musical preferido. Sua educação e personalidade não dependem disto.