DS Adventures

PhotobucketJogos de Adventure, ou “point-and-click”, são a infância de muito nerd por aí, incluindo a minha. Nos anos 80 e até o início dos anos 90, a Lucas Arts e a Sierra inundaram o mercado com dezenas de títulos, de clássicos instantâneos a jogos medíocres que se perdem na memória. Para quem não conhece, ou já esqueceu, os “apontar-e-clicar” são jogos que você interage com o mundo através do mouse e de um sistema de verbos. Você pode escolher Usar, Pegar, Falar, Abrir, entre outras opções, e clicar num objeto. O jogo então mostra os resultados dessa ação. O foco principal desses jogos é a interação com o cenário e a combinação dos itens encontrados de maneira criativa, para resolver uma série de puzzles macabros e muitas vezes quase impossíveis. Em certos jogos, escolher a opção errada ou falhar em resolver um puzzle a tempo resulta numa morte horrível ao jogador, não muito diferente de RPGs das antigas. :D

A Lucas Arts, famosa por ser a empresa de jogos do tio George Lucas, era a líder nesse mercado. Seus jogos se diferenciavam dos outros por quase sempre ter uma boa dose de humor e pelo fato de seu personagem não morrer, por maior besteira que você faça. Não só de bons designs e boas histórias vivia a fama da Lucas Arts. Bons desenvolvedores criaram a robusta Scumm, uma engine (código base que faz os jogos) que facilitou muito tanto a criação quanto o ato de jogar esse tipo de jogo.

PhotobucketNessa engine, o mundo conheceu Maniac Mansion, o primeiro. Depois os clássicos Monkey Island, Day of the Tentacle, Indiana Jones, Sam & Max, Simon the Sorcerer, The Dig e Full Throtle. Já nos anos 90, o Scumm foi abandonado por alguns ótimos jogos 3D, o Grim Fandango e o Monkey Island 4. Depois disso, o estilo morreu no meio da demanda por jogos de ação e multiplayer.

Felizmente, a galera que era criança naquela época cresce, e hoje nós temos a Telltale Games, que já relançou com sucesso duas “temporadas” de episódios de Sam & Max e o esperado início do Monkey Island 5, que também será dividido em vários episódios até o fim do ano.

PhotobucketA galera do Open Source também se mexeu e criou a ótima ScummVM, uma máquina virtual que permite você jogar os vários jogos feitos para Scumm em uma dezena de plataformas diferentes. Já tinha tido experiência com ela no PC e no smartphone de um amigo, mas agora posso levar ela comigo, pois eles também têm suporte para DS. :D

O suporte pro DS é limitado. A resolução da tela e a memória RAM do bichinho impedem que jogos mais modernos rodem, mas a variedade é suficiente. Os dois primeiros Monkey Island, Day of the Tentacle e os dois Indiana Jones são suficientes para eu ficar muito feliz com essa nova aquisição, assim como outros vários jogos que sempre se falou muito bem e eu não tive a oportunidade de jogar, como Simon the Sorcerer e Sam & Max.

Os jogos obviamente não são de graça, já que a Lucas Arts é uma empresa gananciosa e capitalista e ainda proíbe as velharias de serem distribuídas free. Nada que impeça um torrenter estimulado. Para quem não gosta disso, 3 dos jogos suportados são distribuídos gratuitamente no site deles, ou você pode tirar a poeira daquela sua cópia velha, salva com carinho de Indiana Jones and the Fate of Atlantis para testar o aplicativo. :)

Agora com licença que ainda falta muito pro Indy chegar em Atlantis…

Você gostaria de receber as atualizações do O Mestre e a Pinguim por e-mail? Clique aqui.
Share
Esta entrada foi publicada em Jogos e marcada com a tag , , , , , . Adicione o link permanenteaos seus favoritos.

2 respostas a DS Adventures

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>