Manhê, eu quero ser vampiro!

PhotobucketA febre vampírica que tomou conta do país não me atingiu.

Quando soube que mais uma história de vampiros estava para sair em filme (porque eu nem sabia que aquele livro preto com uma maçã vermelha na capa tratava disso afinal), demonstrei certo interesse, pois é um assunto que de certa maneira me agrada. Não sou a pessoa mais obcecada com isso, é apenas algo que está dentro da minha cultura nerd.

E o que até então eram mais uns livros num canto qualquer da livraria tornou-se uma obsessão de gente de toda faixa etária. Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse espalharam-se mais rápido que a dengue no calor do Rio de Janeiro. Hoje eu vi uma senhora lendo Eclipse. Ontem foi uma moça no metrô entretida com seu exemplar de Crepúsculo. A série de livros escritos pela dona de casa Stephenie Meyer está em todos os lugares possíveis. A vitrine da livraria se tornou uma imensa muralha com livros e mais livros pretos com coisas vermelhas na capa, seja a maçã, a fita ou o que quer que seja aquilo, enquanto jovens menininhas aprendizes de trevosas usam camisetas que trazem o ator principal estampado – o sonho de qualquer menina de 13 anos que vê algo sedutor em qualquer rostinho bonito com um quê de obscuridade.

As prateleiras das livrarias com livros sobre vampiros estão cada dia mais vazias, graças ao mainstream alcançado pelos vampiros… O que quer que seja que tenha atraído tanta atenção de tanta gente, aos meus olhos e à minha mente -  que sofre de leve síndrome de underground – não merece todo esse fanatismo. Não vamos nos esquecer das revistas Capricho sobre o filme, o amor entre um vampiro sem dentes pontiagudos e sem a mínima cara de sanguessuga (e muito menos avesso ao sol) por mais uma mortalzinha tola, que todas as fãs menininhas queriam ser. Imagino os postêres grudados com o tal ‘galã’ em suas paredes e os artigos de revistas do tipo “Como atrair seu vampiro em 10 passos” ou “Mude seu visual para um estilo mais Twilight”. Bram Stoker deve estar se revirando no caixão.

PS: Não ficou uma graça o meu toque especial na foto?

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Os melhores jogos de 16 bits

Feliz 2009!
Estamos de volta! Reformados e turbinados! Agora com mais segurança!

Um dos temas que eu estava querendo falar há algum tempo são os clássicos dos videogames, começando pela geração dos 16 bits. Os famosos Super Nintendo e Mega Drive (todo mundo teve um dos dois), a guerra dos consoles (você era Sega ou Nintendo), etc. Atualmente, com a venda de jogos pelos serviços online do Wii e do XBox 360, surgiu um mercado para os chamados “vintage games”, que no bom português são os “jogos velhos”.

Para homenagear os jogos que fizeram parte da minha infância e adolescência (viva a emulação), segue abaixo uma lista com os Top 10 Jogos de 16 bits, puramente baseada no meu gosto pessoal e com o único objetivo de causar polêmica e esquecer o SEU jogo favorito.

10 – Ultimate Mortal Kombat 3
Melhor Luta

Mortal Kombat, uma grande franquia. Os melhores MKs são de Super Nintendo, sendo uma escolha difícil entre o UMK3 e o MK2. Com uma enorme seleção de personagens, uma variada quantidade de fatalities e afins, a introdução dos combos, o UMK3 é um jogo recheado. Creio que é o jogo de luta de 16 bits que eu passei mais horas jogando, e é bem difícil por sinal. O velocidade da porrada era muito rápida, e com um ou dois erros você tinha a chance de ser trucidado. Vale a pena para quem só conhece os MKs recentes (coitados).

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9 – Rock’n Roll Racing
Melhor Corrida

“Let’s the carnage begin”

RRR é O jogo de corrida. Máquinas envenenadas, armas aos montes, violência na pista, oponentes maus e só rock famoso na trilha. :)
O jogo era uma série de temporadas de um campeonato de corrida espacial onde valia tudo. Com pistas elaboradas, você tinha que conseguir acumular um número mínimo de pontos em um número específico de corridas para passar para a próxima temporada. No fim da cada corrida, você podia gastar o dinheiro ganho do prêmio com melhoras para o carro (melhor motor, mais armas, melhor fuselagem) ou comprar carros novos. Muito divertido tanto no single player quanto com dois jogadores. Vale a pena para quem nunca viu ou para dar uma relembrada.

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8 – Sonic 3 & Knuckles
Melhor Sonic

Sonic foi um grande jogo. Ação constante, fases interessantes, montes de inimigos, bom nível de dificuldade. Sonic 3 e Sonic & Knuckles foram os últimos 2D do porco espinho azul da era. Sonic é um jogo ótimo. Só peca pelo fato que, por um lado, você quer voar pelos cenários em velocidade supersônica, por outro lado, você quer explorar cada centímetro para achar a porcaria das esmeraldas. Pelo menos após você achar todas, você é recompensado com o poder super sayajin do Super Sonic (apesar de ser um jogo de Mega). Jogar com o Super Sonic (ou com Super Tails ou Super Knuckles) é uma das experiências mais divertidas em videogame. Só faltava o Sonic poder quicar pelas paredes. Aí seria genial.

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7 – Demon’s Crest
Melhor Plataforma

Você é um demônio que lutou numa guerra que envolveu todo o inferno por um conjunto de artefatos que davam poder infinito para o usuário, derrotou o dragão-demônio, venceu a guerra, e quando você era o cara mais bad-ass lá de baixo, um covarde te ataca depois da luta final, rouba teus artefatos e sai rindo. Agora você é um demônio muito do puto e parte atrás dele. Gráficos ótimos, temática diferente, música sombria, muita ação, muita exploração, segredos e dificuldade bem alta são os pontos fortes. Quem não conhece vale a pena conferir. O mestre final é o mais legal e apelão que eu já enfrentei. Você só luta contra o mestre final real depois de achar todos os segredos do jogo.

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6 – Shining Force 2
Melhor RPG/Estratégia

Esse é O RPG do Mega. História legal, personagens carismáticos, sistema de luta estratégico, além de todos os atributos de sempre de um RPG de videogame. O interessante é que o estilo de luta com tabuleiro (que nem Final Fantasy Tactics) permite que você tenha o maior grupo (que eu me lembre) de RPGs de videogame. São 12 personagens no máximo, para escolher de um total de 30. Cada personagem não tem uma infinidade de poderes como um Final Fantasy, mas as variações estratégicas de grupos diferentes são um ponto maravilhosamente nerd de discussão. :D
Outra característica legal é que, após os créditos, caso você espere um bocado de tempo, ele te joga numa luta com seu grupo final contra TODOS os mestres. Muito divertido (e difícil). Vale a pena jogar. Por curiosidade meu grupo era Bowie, Peter, Slade, Chester (como Pegasus Knight), Sarah (como Master Monk), Jaha (como Baron), Kazin (como Sorcerer), May, Karna (como Master Monk), Taya, Frayja e Sheela/Lemon.

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5 – Final Fantasy 6
Melhor RPG

Vulgo Final Fantasy III, é um dos melhores FFs (sim, bem melhor que o chato do 7). História incrível, mecânicas ótimas, trilha muito boa. Final Fantasy 6 prende você do início ao fim. Conta com uma mistura certa de tecnologia e magia, a luta de um grupo rebelde contra um Império (já vi isso), uma raça de seres mágicos que estão morrendo e que te emprestam os poderes e personagens únicos. Ótimo. Infelizmente, é o único RPG dessa lista que tem encontros aleatórios no mapa (são irritantes). O jogo é enorme, cheio de reviravoltas. Se você nunca jogou é uma pena. Meu grupo preferido é Terra, Sabin, Cyan e Celes.

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4 – Beyond Oasis
Melhor Aventura

Este é um jogo que pouca gente conhece; um adventure que, na minha humilde opinião, é melhor que o Zelda: A Link To The Past (nada de ficar perdido entre dois mundo). Com uma historinha legal, ótima jogabilidade, gráficos bonitos e grande variação de itens e fases, Beyond Oasis é uma pérola que pouca gente conhece do Mega Drive. O mais legal do jogo é a mecânica de invocação de espíritos. Durante o jogo, você encontra 4 espíritos: Água, Fogo, Sombra e Plantas. Cada um dele tem um meio de invocação diferente, em que você precisa arremessar sua bola de luz para chamá-lo. Por exemplo, para chamar o espírito da Água, você precisa acertar algum corpo líquido no jogo (como lago, cachoeiras e poças) ou inimigos aquosos, como gosmas. Já o da Sombra é invocado ao acertar reflexos. Espelhos, cristais e até armaduras polidas dos inimigos servem. O combate é frenético e tem uma ótima dose de itens secretos e exploração. Muito bom.

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3 – Secret Of Mana 2
Melhor RPG com toques de ação

É um Beyond Oasis com mais elementos de RPG, uma história melhor e 6 personagens para escolher. :)
Excelente RPG, infelizmente só passou a ser conhecido no Ocidente depois da descoberta da emulação. Apenas com uma versão japonesa (o nome original é Seiken Densetsu 3), ele foi traduzido por fãs para o inglês. No SOM2, você escolhe 3 personagens de 6. O interessante é que, em vez de se ter um personagem principal e ir encontrando os outros ao longo da história, você escolhe os 3 personagem que quer jogar no início, sendo que a escolha do primeiro define os principais pontos da história. A partir daí, você começa a jogar com ele, e vai encontrar os outros dois personagens em momentos específicos da história. Muito legal. Os outros não escolhidos aparecem como NPCs em várias partes. Cada personagem ainda tem 4 classes possíveis para serem assumidas, aumentando muito o nível de replay do jogo. Diferente de outros RPGs, em Secret Of Mana a ação ocorre em tempo real, com você controlando um dos personagens e o computador os outros dois (com a opção de ser jogado com dois jogadores). As lutas não são aleatórias, nem em um campo de batalha. Os gráficos característicos da série e uma trilha muito boa completam o grande jogo. Por sinal, foi o único jogo que eu escrevi um guia extenso ^^. Minha formação preferida são Hawk como Nightblade (dark dark), Angela como Rune Master (dark light) e Kevin como Warrior Monk (light dark).

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2 – Super Metroid
Melhor Exploração

Ah, Samus… Super Metroid é um jogo de plataforma e exploração, com um cenário enorme para passear, vários ambientes diferentes, duas dezenas de power ups, centenas de itens espalhados, inimigos desafiadores e uma personagem principal gostosa (mesmo que esteja sob 20 cm de metal alienígena). Super Metroid é um jogo grande, difícil e divertido. Exige que você pense e seja rápido, mas sem taxar demais. Ele oferece um desafio no nível que o jogador deseja (terminar em menos de 3 horas é complicado). Quando você termina SM, fica pensando se tem como arrumar um jogo melhor. Felizmente tem, por isso ele é o segundo lugar! :)

Quem gostou desse e tem alguma coisa contra o Metroid em primeira pessoa das gerações mais novas, o Metroid Fusion de GBA é quase tão bom quanto esse. Realmente um jogo incrível, que não perde nada com o tempo.

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1 – Chrono Trigger
Melhor

Chrono! Good morning! Ah, quem diria que uma jornada tão incrível teria um início tão singelo, um garoto ruivo sendo acordado pela mãe numa manhã bucólica… Chrono é uma obra prima, com uma equipe que pode ser chamada de Dream Team dos videogames, que conta com os principais designers e roteiristas, músicos da Square, incluindo o design gráfico do Akira Torayama (nunca se perguntou por que o Goku e o Chrono tem o mesmo cabeleireiro?). Chrono tem tudo que um grande jogo tem. Música maravilhosa, gráficos surpreendentes para o velho Super Nintendo, história complexa, personagens carismáticos, mecânicas interessantes, etc. Chrono evita muitas armadilhas de RPGs de videogame, é menos linear (tem 12 finais), não tem encontros aleatórios, as escolhas dos personagens do seu time são extremamente relevantes, tem side quests úteis e interessantes no enredo principal. Tudo isso sem contar a maravilhosa inserção de viagens no tempo e inimigos realmente épicos. Chrono merece todos os elogios possíveis. Para deixar registrado, meu grupo favorito é o Chrono, o Robo e o personagem secreto.

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Bom, é isso. Quais são os jogos velhos de 16 bits que marcaram o início da sua vida nerd?

PS: Para completar, aqui vão outras menções honrosas que poderiam estar na lista, ou só porque são bons mesmo. Escolher só 10 é difícil pra cacete.

Runner ups: Megaman 7, Super Street Fighter, EVO – Search For Eden, Vectorman, Kirby Superstars, Terranigma, Shadowrun, Earthworm Jim, Gunstar Heroes, Final Fight 3, Streets of Rage 2, F-Zero, Top Gear, Phalanax (melhor shooter), Megaman & Bass, Megaman X 3, Blackthorne, Lost Vickings 2, Breath of Fire 2, Phantasy Star 4, Super Mario All Stars, Super Mario RPG, X-Men 2: Clone Wars, X-Men: Mutant Apocalypse, Kid Chameleon, Star Fox, Out Of This World, Alladin, The Adventures Of Batman & Robin, Castlevania: Dracula X, Bomberman 5, Super Mario World, Donkey Kong Country 3, Zombie Ate My Neighbours, Super Mario Kart, Super Mario World, Legend Of Zelda: A Link To The Past.

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Beatbox Metal

Eu sempre costumo ler notícias em sites, comunidades e o que mais houver sobre heavy metal. O problema é que, algumas vezes, eu me deixo levar pela opinião geral e não procuro conhecer mais sobre alguma banda específica (às vezes é preguiça de fuçar mesmo). Foi numa dessas minhas leituras por aí que eu vi uma notícia de que a banda alemã Van Canto estava gravando um clipe para o cover que eles fizeram da música Wishmaster, do finado Nightwish.

Hmm, pensei.

Eu adoro essa música do Nightwish, mas sempre que eu lia uma opinião sobre o Van Canto, esta não era nada positiva, as pessoas diziam que era ruim, sem peso, sem graça, entre outros adjetivos. Mas aí minha curiosidade foi atiçada e resolvi ouvir o cover. Primeiro, gostei muito do vocal da moça, que deixa no chinelo a nova “vocalista” do NW. Só que, durante a música, dava para ouvir alguns sons estranhos, como se alguém estivesse fazendo uma espécie de backing vocal… Quando a música acabou, e obteve minha aprovação, resolvi espiar na Wikipedia sobre eles. E então, veio minha supresa: eles não possuem instrumentos, a não ser a bateria. São, no total, 5 vocalistas fazendo os sons dos instrumentos e tudo mais que tem direito. Seria possível? Sim! Assisti todos os vídeos que pude pelo YouTube e é a mais pura verdade. O pior (ou melhor) é que as músicas ficaram muito boas! São músicos muito talentosos e de uma originalidade incrível. Parabéns ao Van Canto.

Confira o clipe de Wishmaster! :D

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O Fim do Dungeons & Dragons Miniatures

Tudo começou em 2003, com a linha de miniaturas de plásticos colecionáveis e pré-pintadas da Wizards. Cada miniatura vinha com uma carta com as estatísticas da mesma, além de ter uns dados para a miniatura ser usada no RPG. O jogo era interessante, com regras meio enroladas, mas era legal. Cheguei a aprender a jogar.

As regras passaram por uma revisão em 2006, com o lançamento da coleção War Drums, e depois por uma reconstrução total com o lançamento da 4ª Edição de D&D. Afinal, as regras do “skirmish” (nome dado ao jogo estratégico das miniaturas) eram mais ou menos uma versão simplificada do combate normal de D&D. Com a mudança de edição, o DDM tinha que mudar também.

Segundo as informações dos próprios desenvolvedores da Wizards, o produto já vinha em franca decadência desde 2006. As mudanças nas regras foram uma tentativa de facilitar a entrada de novos jogadores. Mas não adiantou muito e a crescente crise só fazia aumentar os custos de criação, modelagem e pintura das miniaturas.

Agora some isso ao fato de que a maioria dos jogadores de RPG até achava as miniaturas bonitinhas, mas não se interessavam no wargame, nem apreciavam o fato de elas virem num booster selado e randomizado. Se você quer uma mini para seu personagem, comprar boosters de 60 pratas cada com 8 minis é complicado. Se você for mestre, é tão ruim quanto, pois você tem que achar a quantidade certa dos monstros certos que você quer na aventura.

Mas com a morte do DDM, surge uma nova linha de produtos: o Dangerous Delves. Miniaturas de plástico como as outras, só que de qualidade maior. Elas virão em dois tipos: uma série de boosters para jogadores com 3 minis de um determinado tema (tipo guerreiros, druidas, etc…), duas minis masculinas e uma feminina, todas elas visíveis. Ou seja, você vai comprar sabendo o que vai receber. Além disso, você ganha 3 cartas de poderes inéditos junto com as minis. Para o mestre, há um conjunto de 5 minis, sendo uma visível e as outras 4 randomizadas. Todas de monstros/inimigos. O tamanho do set vai ser menor também, facilitando achar as peças certas. Com os monstros, virão cartas com as fichas deles para serem usadas no RPG.

Na minha opinião, é uma pena o jogo de minis ter acabado, mas como eu nunca cheguei a jogar de verdade, não fico realmente triste. E adorei o fato que agora você vai ter como escolher facilmente as minis que vai ganhar. E as estatísticas virão em cartas, que são muito mais fáceis de manusear do que ficar virando folhas do Livro dos Monstros. Só acho que todas as minis poderiam ser visíveis, mesmo nos boosters de monstros, ou no mínimo mais do que uma. Uma divisão de 3 visíveis, uma Grande especial, e duas menores que você vai querer em quantidade, tipo goblins e kobolds.

O preço vai ser o mesmo, ou seja, aqui na terra tupiniquim serão 60 pratas cada pacotinho (o que é uma m****, custa 15 verdinhas só). Em dólares, são 5 dólares por PC (Player Character) e 3 dólares por monstro, o que é um preço bem razoável, na minha opinião.

Aqui você encontra o artigo anunciando a morte do DDM e como será daqui pra frente. E aqui o artigo com a discussão que está rolando sobre o assunto, pelo menos uma das discussões. Em inglês.

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OSDA – Até que enfim…

Estou em clima de Tolkien.

Nesta madrugada, finalmente consegui terminar de ler a história da guerra do Anel, descrita nos três adoráveis volumes de O Senhor dos Anéis. Sim, eu sei que estou meio atrasada em relação à  humanidade, mas, após várias tentativas frustadas de ler a série, finalmente cheguei ao fim. Essas tentativas frustadas se deram devido aos maçantes capítulos iniciais de A Sociedade do Anel. Quando comecei a ler, eu me sentia sonolenta e sem senso de direção com as incontáveis descrições de cenários e direções das viagens (esta última eu desisti de entender na metade do segundo livro…). Pelo menos era um bom remédio para as noites de insônia! Quando finalmente criei coragem e disposição para continuar lendo, segui algumas dicas, como simplesmente ignorar as várias canções que Tolkien enfiou no meio dos livros e que, para mim, eram um tanto quanto chatas de ler. Nem acreditei quando consegui terminar A Sociedade do Anel, mas havia muitos outros livros para ler em minha estante e resolvi deixar o resto da série para depois.

Há duas semanas, resolvi continuar minha saga pela Terra-Média e agora cheguei ao fim! Creio que demorei mais para ler o primeiro livro do que para ler As Duas Torres e O Retorno do Rei, juntos. Engraçado é quando você chega ao “fim”, onde Frodo finalmente cumpre sua missão e joga o Anel na Montanha da Perdição (bem, não joga, Gollum cai com ele) e você olha para o livro e vê que ainda restam muitas páginas, muitas mesmo! E se desenrola mais uma sequência de pequenas histórias… Confesso que quase cheguei a sentir o sono do início de A Sociedade.

No fim, o saldo foi positivo. Gostei muito dos livros, tirando esses pormenores. É realmente incrível a imaginação de Tolkien e todo o mundo que ele criou e que inspirou e ainda inspira muita gente até os dias de hoje.

Agora quero rever os filmes. Esse foi meu maior erro, talvez: ver os filmes antes de ler. O bom é que não me lembro de quase nenhuma cena, então poderei compará-los aos livros, quase como se estivesse vendo pela primeira vez. :)

Ah! Descobri que tem um monte de banda de heavy metal que tem alguma coisa de Tolkien… Algumas eu já conhecia, como o Blind Guardian, que fala muito sobre esse tema (mas não apenas disso), mas há várias outras referências, como a Planície de Gorgoroth, em Mordor, que inspirou o nome da banda norueguesa de black metal Gorgoroth. Montanha da Perdição, na língua de Gondor, é Amon Amarth, outro nome de banda. Sagrath, nome artístico do vocalista da banda Dimmu Borgir, retirou seu nome de um dos capitães dos orcs. O Tristania tem uma música chamada Simbelmyne, e no livro é citado que existe uma planta que nunca murcha, chamada simbelminë. O Nightwish faz referências à Elbereth na música Wishmaster. Adorei.

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